sábado, junho 25, 2011

Liberdade


Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda.


Romanceiro da Inconfidência - Cecília Meireles

sexta-feira, junho 24, 2011

Trecho - Autobiografia Agatha Christie

Em meu entender, a vida consiste em três partes: o presente, absorvente e habitualmente agradável, que corre minuto a minuto com velocidade fatal; o futuro, obscuro e incerto, para o qual podemos fazer inúmero planos interessantes, e tanto melhor se forem insólitos e improváveis - afinal nada virá a ser como esperávamos; e a terceira parte, o passado, as recordações e as realidades que são os alicerces da vida presente e que nos surjem de repente, trazidas por um perfume, pela forma de uma colina, qualquer canção antiga, trivialidades que nos fazem de súbito murmurar: "Eu me lembro...", com um peculiar e quase inexplicável prazer.
Autobiografia - Agatha Christie

A Dança e a Alma

"A dança? Não é movimento,
súbito gesto musical.
É concentração, num momento,
da humana graça natural"
Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, junho 23, 2011

Everwood - East Meets West

Ephram: Quanto mais as coisa mudam, mais elas ficam as mesmas. Não tenho certeza de quem foi o primeira pessoa a falar isso. Provavelmente Shakepeare, talvez Sting. Mas nesse momento, esta é a frase que melhor explica meu defeito trágico. Uma falta de habilidade em mudar.
Não acho que estou sozinho nisto. Quanto mais eu conheço as pessoas, mais eu percebo que é meio que o defeito de todos. Ficar sem mudar pelo máximo de tempo possível, ficar imóvel, nos faz sentir bem de alguma forma. E se você está sofrendo, pelo menos a dor é conhecida. Porque se você toma uma iniciativa, se abre, ou faz algo inesperado, quem sabe que outra dor pode estar esperando por você? Há chances que seja ainda pior.
Então você mantém seu status quo, escolhe a estrada já trilhada. Não parece tão ruim em relação aos defeitos. Você não é viciado em drogas, não está matando ninguém... exceto talvez um pouco você mesmo.
Quando nós finalmente mudamos, não acho que aconteça como um terremoto, ou uma explosão e de repente somos uma pessoa diferente. Acho que é menor do que isso. O tipo de coisa que a maioria das pessoas nem perceberia a não ser que olhasse muito de perto. O que, graças a Deus,elas nunca fazem.
Mas você percebe. Dentro de você essa diferença é enorme, e você espera que essa seja a pessoa que você será para sempre para que não tenha de mudar de novo.


Para quem quiser conferir, a versão original segue abaixo:

Ephram: The more things change, the more they stay the same.  I'm not sure who the first person was who said that. Probably Shakespeare. Or maybe Sting. But at the moment, it's the sentence that best explains my tragic flaw: my inability to change.

I don't think I'm alone in this. The more I get to know other people, the more I realize it's kind of everyone's flaw. Staying exactly the same for as long as possible, standing perfectly still... it feels safer somehow. And if you are suffering, at least the pain is familiar. Because if you took that leap of faith, went outside the box, did something unexpected... who knows what other pain might be out there, waiting for you. Chances are it could be even worse.
So you maintain the status quo. Choose the road already traveled and it doesn't seem that bad. Not as far as flaws go. You're not a drug addict. You're not killing anyone... except maybe yourself a little.
When we finally do change, I don't think it happens like an earthquake or an explosion, where all of a sudden we're like this different person. I think it's smaller than that. The kind of thing most people wouldn't even notice unless they looked at us really close. Which, thank God, they never do.
But you notice it. Inside you that change feels like a world of difference. And you hope this is it. This is the person you get to be forever... that you'll never have to change again.

Everwood - East Meets West - Season 2, Episode 4

Não Direi que é Paixão

Minhas fanfics estão inseridas no universo de Harry Potter, mais especificamente na Época dos Marotos, alguns dos personagens que, acredito, temos mais liberdade em trabalhar.

Baseada na cena da Penseira no 5º livro da série, em algumas fics que já tinha lido e em uma música do desenho Hércules da Disney, surgiu minha primeira história: Não Direi que é Paixão (não por acaso, o mesmo título da música). Ao todo, levou quase 6 anos para ser publicada no fanfiction.net, entre colégio, cursinho, vestibular e início da faculdade, com 2 anos que precisei ficar afastada. Há um ou outro clichê, cenas de filmes, séries ou livros que pareceram interessantes de serem citados, além de versos de músicas e, claro, o material original, que é o centro da fic.



Não sei o quanto é perceptível, mas o jeito de escrever mudou consideravelmente do início até o fim, e só não mudou mais, porque todo o esqueleto da história já estava pronto quando comecei a postar. Fora os anos que se passaram para mim como autora, algumas características dos personagens se alteram ao longo do enredo, assim como os acontecimentos relatados.
Um exemplo:
Início:
No final daquela tarde, os marotos se dirigiram ao fundo do salão comunal. Ainda não tinham se sentado quando viram o quadro se mexer e uma Lílian furiosa adentrar o aposento.
-Ai, meu Merlim. O que é isso? – perguntou Tiago
-Confusão. – respondeu Sirius
-Gritos. – falou Pedro
Ela se aproximava.
-Problema
-Berros.
Estava cada vez mais perto.
-Complicação.
-En...
-Tá, já entendi. – falou Potter
-...crenca e das grandes. – terminou Sirius.
-Vocês têm problemas? Ou o ego de vocês é tão grande que não cabe um pingo noção na cabeça de vocês. – ela explodiu
-An... Evans – Tiago não achou seguro chamá-la de qualquer outra coisa.
-A troco de quê vocês modificaram a minha poção?

Mais para o fim:
Uma nova música começa com som de sinos e um ar de mistério. Ela decide parar de fazer passos aleatórios e dançar a música toda.
Com movimentos lentos seguia o ritmo da música que adquire o tom de uma música celta. Os movimentos de seus braços eram suaves, os de suas pernas precisos. As mãos e os cotovelos brincavam no ar como se aquilo fosse simplesmente fácil. Os pés se mexiam graciosamente sem quase saírem do lugar. Aqui e ali um giro delicado.
Os acordes se tornaram mais agitados e Lily também dançava mais rápido, por vezes executando pequenos passos que lembravam sapateado. Agora ela se deslocava mais pela sala, mais saltos e mais giros. Nenhum de seus movimentos perdeu em graciosidade, era tão leve… Toda força necessária era mascarada com beleza…
Por aqueles instantes, não se lembrava de nada, nada mais importava. Ela estava em um lugar de onde nunca mais gostaria de sair, era como se sonhasse acordada.
Não apenas seus braços e pernas acompanhavam as notas, como também a expressão de seu rosto. Era alegre e seus olhos faziam aquela coreografia parecer algo vivo. A cada batida mais forte ela executava um salto.
O lugar era iluminado por algumas velas, as quais projetavam diversas imagens da bailarina grifinória. Elas se fundiam parcialmente na parede criando um ar de conto de fadas.
A música tem uma parada repentina e recomeça com sons de um lento violino. A face dela adquire uma expressão mais sonhadora, as mãos desenham delicadamente no ar.
Novamente o ritmo acelera. Lily fecha os olhos ao iniciar uma seqüência de giros atravessando a sala. Ao abri-los novamente para olhar seu reflexo no espelho...

Foi  muito divertido ir recebendo os comentários conforme a fic ia sendo publicada. Um dos capítulos (curto, é verdade) não estava planejado e foi inserido por sugestão de uma leitora. 

A experiência constante de ir aprendendo a colocar situações e sentimentos em palavras é impagável.

Sob as estrelas

Depois de um tempo, acabei criando esse blog sem uma finalidade definida. Possivelmente um brainstorm de citações que acho interessantes, filmes ou livros. Talvez um pouco sobre meus próprios textos (fanfictions cujos links estão logo aí ao lado). E o que mais for surgindo ao longo do tempo.
I hope you enjoy!
Em breve!