quarta-feira, fevereiro 29, 2012

domingo, fevereiro 26, 2012

Resenha: Sobre Histórias de Fadas - J. R. R. Tolkien

Bom, acho que sobre esse livro não saiu bem uma resenha, embora eu tenha enquadrado nesse marcador. Saiu mais uma mistura de resenha com citações. O texto dessa obra é complexo, como deve dar para perceber nos trechos abaixo. Além disso, há menção a várias histórias, não apenas nominalmente, mas ao enredo e às personagens delas, e, particularmente, conhecia poucas.

De qualquer maneira, saindo um pouco das narrações fantásticas de "O Hobbit", "O Senhor dos Anéis" e suas outras obras semelhantes, Tolkien faz um ensaio falando um pouco de sua concepção do que são "Histórias de Fadas".

"O Belo Reino [Reino Fantástico] é uma terra perigosa, e nela existem armadilhas para os incautos e calabouços para os demasiado audazes. E posso ser considerado demasiado audaz, porque, apesar de ter sido um amante de histórias de fadas desde que aprendi a ler e de pensar sobre elas de tempos em tempos, nunca as estudei profissionalmente. Tenho sido pouco mais do que um explorador errante (ou transgressor) nessa terra, cheio de admiração, mas não de informações."

O autor de certa forma se propõe a responder três perguntas:
-O que são histórias de fadas
-Qual a sua origem?
Quais são as origens das “histórias de fadas”? Isso, é claro, deve significar a origem ou as origens dos elementos fantásticos. Perguntar qual é a origem das histórias (não importa como estejam classificadas) é perguntar qual é a origem da linguagem e da mente.

- Quais são, se é que existem, os valores e as funções das histórias de fadas hoje?

A princípio, fala um pouco do que não são histórias de fadas:
-Histórias de viajantes - como as Viagens de Gulliver
"Temo que tenha sido incluída simplesmente porque os liliputianos são pequenos, diminutos até - a única razão pela qual são notáveis. Mas a pequenez, no Belo Reino como em nosso mundo, é apenas um acidente. Os pigmeus não estão mais próximos das fadas do que os patagônios. [...] Excluo-a porque o veículo da sátira, por mais que seja uma invenção brilhante, pertence à classe das histórias de viajantes. Tais narrativas relatam muitos prodígios, mas são prodígios para ver neste mundo mortal, em alguma região do nosso próprio tempo e espaço; somente a distância as oculta."

 
 -Histórias que usam sonhos para explicar suas partes fantásticas
"Às vezes um sonho real pode de fato ser uma história de fadas de tranqüilidade e destreza quase élficas - enquanto está sendo sonhado. Mas, se um escritor desperto lhe disser que seu conto é apenas uma coisa imaginada durante o sono, ele defraudará deliberadamente o desejo primordial no coração do Belo Reino: a compreensão do feito prodigioso imaginado, não importa a mente que o conceba."
 
-Fábulas de animais
"A fábula de animais, é claro, tem ligação com as histórias de fadas. Animais, pássaros e outras criaturas muitas vezes falam como homens nas verdadeiras histórias de fadas. Em parte (muitas vezes pequena), esse prodígio decorre de um dos “desejos” primordiais que estão próximos ao coração do Belo Reino: o desejo dos homens de se comunicar com outros seres vivos. Mas a fala dos animais, no tipo de fábula que se desdobrou em um ramo separado, tem pouca relação com esse desejo, e freqüentemente se esquece dele por completo. [...] Mas nas histórias que não envolvem nenhum ser humano - ou nas narrativas em que os heróis e heroínas são animais e os homens e mulheres, quando aparecem, são simples coadjuvantes - e principalmente naquelas em que a forma animal é apenas uma máscara sobre um rosto humano, um artifício do satirista ou do pregador, nessas histórias temos fábulas de animais e não histórias de fadas"

Após esse ensaio, há um conto chamado "Folha por Niggle", que achei interessante, mas tenho a sensação de ter entendido muito pouco dele. Algo que possivelmente apenas vai mudar com tempo e releituras .

O conto tem como personagem principal Niggle, um pintor comum de bom coração que vive quase isolado. Constantemente reclama de todas as coisas que tem para fazer e que interrompem sua pintura. Um dos seus quadros cresce a ponto de ele precisar de uma escada para continuar, uma paisagem interminável. Ele acaba tendo de viajar e a partir daí a história fica mais difícil de acompanhar. Ele passa por alguns lugares até chegar... Bom, só lendo para saber.

Epílogo:
Provavelmente todo escritor que faz um mundo secundário, uma fantasia, todo subcriador, deseja em certa medida ser um criador de verdade, ou espera estar se baseando na realidade: espera que a qualidade peculiar desse mundo secundário (senão todos os detalhes) seja derivada da Realidade, ou flua para ela. Se conseguir de fato uma qualidade que possa ser descrita honestamente pela definição de dicionário - “consistência interna da realidade” -, é difícil conceber como isso pode acontecer se a obra não tiver algumas características da realidade. A qualidade peculiar da “alegria” na Fantasia bem-sucedida pode portanto ser explicada como um repentino vislumbre da realidade ou verdade subjacente. Não é apenas um “consolo” para o pesar do mundo, mas uma satisfação, e uma resposta à pergunta: “É verdade?” A resposta a essa pergunta que dei inicialmente foi (muito corretamente): “Se você construiu bem seu pequeno mundo, sim, é verdade nesse mundo”. Isso basta ao artista (ou à parte artística do artista).

sábado, fevereiro 25, 2012

O Herói Perdido - Citação [3]

-Você é um fanatasma? - ele perguntou
E imediatamente notou que a insultara. Seu sorriso transformou-se em um cara de enfado.
-Sou uma aura, senhor. Uma ninfa do vento, como você pode imaginar, trabalhando para o senhor dos ventos. Meu nome é Mellie. Não temos fantasmas por aqui.
Piper aproximou-se para ajudá-lo.
-Claro que não! Meu amigo a confundiu com Helena de Tróia, só isso. A mortal mais bonita de todos os tempos. É um erro comum.

O Herói Perdido - Rick Riordan
Os Heróis do Olimpo - vol. 1

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

O Herói Perdido - Citação [2]

Jason hesitou.
-Vou deixar a mochila. Se eu não voltar em cinco minutos...
-Entro em pânico?
Ele abriu um sorriso.
-Fico feliz que tenha voltado ao normal. Aquela maquiagem e aquele vestido intimidavam muito mais do que essa faca.
-Vá em frente, espertinho, antes que eu a enfie em você.


O Herói Perdido - Rick Riordan
Os Heróis do Olimpo - vol. 1

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

O Herói Perdido - Citação

-Semideuses e tecnologia não combinam. - explicou Quíron - Ligações telefônicas, mensagens de texto, até mesmo buscar algo na internet... tudo isso pode atrair monstros. Por conta disso, no último outono tivemos de resgatar um herói numa escola em Cincinnati: ele pesquisou as górgonas no Google e obteve um pouco mais do que buscava.

O Herói Perdido - Rick Riordan
Os Heróis do Olimpo - vol. 1

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Resenha: O Herói Perdido - Rick Riordan

O Herói Perdido (The Lost Hero) é o primeiro volume da série Os Heróis do Olimpo de Rick Riordan, continuação da série Percy Jackson e os Olimpianos.

A história começa quando Jason acorda em um ônibus de excursão escolar sem ter a menor ideia de onde está ou de quem é. Aparentemente ele tem uma namorada, Piper, e um melhor amigo, Leo. Ninguém parece perceber que há algo errado, exceto o treinador Hedge, que o responsável pelos alunos.

Após algumas reviravoltas, os três acabam chegando ao Acampamento Meio Sangue, que sofreu algumas modificações depois da guerra contra os Titãs. Lá, Piper e Leo são reclamados pelos seus pais deuses e fica-se sabendo que Jason é filho de Zeus e sabe falar latim.

Enquanto isso, outras coisas estão acontecendo no acampamento. O chalé de Hefesto parece estar sofrendo uma maldição após a morte de Beckendorf na guerra. E um campista está desaparecido, um tal de Percy Jackson. Além disso, a Grande Professia feita por Rachel logo após a derrota de Cronos começou a se cumprir.

Sete meios sangues responderão ao chamado
Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.
Um juramento a manter com um alento final.
E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.

Hera aparece a Jason e lhe dá uma missão: resgatá-la até o solstício dali três dias. Só então ela devolveria sua memória. Antes de sair em sua busca, ele recebe uma professia própria:

Filho do relâmpago, tome cuidado no chão,
Da vingança dos gigantes os sete nascerão,
A forja e a pomba devem abrir a cela,
E liberar a morte pela raiva de Hera.

Leo e Piper são escolhidos para acompanhá-lo.

Os três heróis encontram muitos percalços pelo caminho. Conhecem Bóreas e Éolo, enfrentam Medéia e o rei Midas, e recebem ajuda das Caçadoras de Ártemis.

Diferentemente da série Percy Jackson e os Olimpianos, esse livro não é narrado em primeira pessoa, no que eu acho que se perdeu um pouco de humor. A história é contada a cada momento pelo ponto de vista de um dos três personagens principais. Ainda assim, uma continuação brilhante com um novo elemento surpreendente.

O segundo livro da série, O Filho de Netuno, já foi lançado em inglês, mas ainda não foi traduzido. Vamos esperar que não demore muito.

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Resenha: O Mágico de Oz - L. Frank Baum

Esse clássico que foi adaptado para o cinema foi escrito por L. Frank Baum e tem como título original The Wizard of Oz. Foi o terceiro livro do autor e abriu caminho para uma série de histórias sobre Oz.

Dorothy é uma menina que vive com os tios no Kansas, onde a paisagem em volta da casa é descrita como uma grande pradaria cinza, e a vida é simples e tranquila. Até que a casa onde ela mora é levada por um tornado para uma terra distante e muito diferente.

Logo que chega, a menina é saudada por um povo chamado Munchkins (não sei se ou como foi traduzido para o português) por ter matado a bruxa má do leste quando a casa caiu sobre ela. Por isso, a menina recebe os sapatos de prata da bruxa.

Dorothy pergunta como fazer para voltar para o Kansas, mas ninguém ali sabe informar a ela. Porém, todos têm certeza de que o Grande Oz sabe. Para falar com ele, Dorothy terá de viajar com seu cachorro Toto pela estrada de tijolos amarelos até a Cidade de Esmeralda.

No caminho, ela encontra o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão, que também precisam pedir algo ao grande mago. Após algumas aventuras, os quatro chegam a seu destino. Mas os problemas não estavam resolvidos. Agora eles precisam provar que merecem o que foram pedir.

Além da trama principal, o livro é recheado de pequenas aventuras (suprimidas no filme) que não demoram a se resolver.

O filme foi feito em 1939, vinte anos depois da morte do autor e se tornou um clássico. Tem elementos muito parecidos e outros muito diferentes do livro. A primeira coisa que me chamou atenção foi a cor dos sapatos que Dorothy recebe: sempre achei que fossem de rubi, mas originalmente são de prata. Além disso, a bruxa má do oeste só aparece perto do meio do livro,e a bruxa boa do sul apenas no final. Outra coisa muito diferente, e aqui vai um spoiler, é que toda a aventura de Dorothy, real no livro, foi transformada em sonho por Hollywood.



Imagem do filme retirada de: http://tanyach.wordpress.com

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Ella Enfeitiçada - Citação [5]


Três cavalheiros me convidaram para dançar, mas declinei. Tornei-me simplesmente uma par de olhos vigiando Char através da máscara. Não precisava de ouvidos, porque estava muito distante para ouvir sua voz, nem de palavras, porque estava muito longe para falar, e nem de pensamentos - estei eu guardei para mais tarde.

Ella Enfeitiçada - Gail Carson Levine

domingo, fevereiro 19, 2012

Ella Enfeitiçada - Citação [4]



Quando sua criada é sua fada madrinha, você nunca se escalda,nem sua água se esfria. Você fica brilhando de limpa, mas sua água nunca se suja.

Ella Enfeitiçada - Gail Carson Levine

sábado, fevereiro 18, 2012

Ella Enfeitiçada - Citação [3]

Querida Ella,
Impaciência não é geralmente minha fraqueza, mas suas cartas me atormentam. Elas me fazem ter vonbtade de selar meu cavalo e partir para Frell, onde eu faria você se explicar.

Suas cartas são divertidas, interessantes, atenciosas, e (às vezes) sérias. Fico extremamente feliz em recebê-las, ainda assim, elas me trazem tristeza. Você fala pouco do seu dia a dia; não tenho ideia de como você se ocupa. Não importa, gosto de tentar adivinhar o mistério. Mas o que realmente quero saber, você também não diz: o que sente, embora eu tenha lhe dado pistas do tamanho da minha consideração.

Você gosta de mim. Não perderia seu tempo ou papel com alguém que não gostasse. Mas acho que a amo desde a primeira vez que a vi, no funeral de sua mãe. Quero estar com você para sempre e mais além, mas você escreve que é muito jovem para se casar, ou muito velha, ou muito baixa, ou está com muita fome - até que eu amasso suas cartas em desespero, só para depois esticá-las novamente para uma décima segunda lida, procurando por significados ocultos.

Meu pai pergunta frequentemente em suas cartas se estou interessado em alguma jovem ayorthiana ou alguma jovem de nossas relações em casa. Eu digo que não. Acho que estou confessando uma outra falha: orgulho. Não quero que ele saiba que estou amando, se meu afeto não for correspondido.

Você o encantaria, e à minha mãe também. Eles seriam completamente seus, assim como eu sou.

Que noiva linda você será, com quem quer que se case e com qualquer idade. E que rainha, se eu for o marido. Quem tem a sua graça? Sua expressão? Sua voz? Eu poderia exaltar suas virtudes infinitamente, mas quero que você termine de ler e me responda logo.

Hoje não posso escrever sobre Ayortha, ou meus feitos, ou mais nada. Só posso enviar essa carta e esperar.

Amor (é um alívio escrever essa palavra!), amor,
Char.

Ella Enfeitiçada - Gail Carson Levine

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Ella Enfeitiçada - Citação [2]

[...]
Estou escrevendo bobagens. Na minha primeira carta eu esperava impressioná-la com a minha prosa brilhante, mas isso vai ter de esperar pela minha segunda carta.

Não muitas das minhas conversas imaginárias são com o duque. A maioria é com você.

Eu sei o que eu diria se estivesse em Frell. Eu diria pelo menos três vezes como eu estaria feliz em vê-la, eu falaria mais sobre Ayortha (com menos reclamações), e descreveria minha viagem aqui, especialmente nossa aventura quando um dos cavalos de carga de assustou com um coelho e partiu. Mas, então, tenho de voltar a ser ayorthiano e me resguardar no silêncio, perdido em sorrir para você.

O problema é que não consigo adivinhar a sua resposta. Você sempre me surpreende. Gosto de ser surpreendido, mas se tivesse certeza do que você me responderia, talvez sentisse menos a sua falta. O remédio para isso é óbvio. Você tem que me escrever novamente e depressa. E mais uma vez e depressa.

Seu muito bom amigo,
Char

Ella Enfeitiçada - Gail Carson Levine

domingo, fevereiro 12, 2012

Ella Enfeitiçada - Citação

Nós nos sentamos a uma mesa com doze elfos, que sabiam apenas um pouco de Kyrrian [língua do reino de Kyrria]. Mas com o meu pouco Elfian [língua dos elfos] e gestos e risadas, conseguimos uma linguagem entendida por todos.

Ella Enfeitiçada - Gail Carson Levine

sábado, fevereiro 11, 2012

Resenha: Ella Enfeitiçada - Gail Carson Levine

Esse livro encantador foi publicado em 1997 e tem como título original Ella Enchanted.

Pouco depois de nascer, Ella recebe um presente da fada Lucinda: o dom da obediência. Mas o que supostamente era um presente, acabou sendo uma maldição.

"Qualquer um podia me controlar com uma ordem. Tinha de ser um comando direto como 'Coloque um xale' ou 'Você tem que ir para a cama agora. Um desejo ou pedido não tinha efeito. Eu estava livre para ignorar 'Eu gostaria que você colocasse um xale' ou 'Por que você não vai para a cama agora?' Mas eu não tinha poder nenhum contra uma ordem.

Se alguém me dissesse para pular em um pé só por um dia e meio, eu teria de fazer isso. E pular em um pé só não era a pior comando que alguém podia me dar. Se você me mandasse cortar minha cabeça fora, eu teria de fazer isso.

Eu estava em perigo o tempo todo."

Ella vive relativamente tranquila com sua mãe e a cozinheira Mandy - seu pai, Sir Peter, era um comerciante e estava sempre viajando. A garota tenta constantemente resistir ao feitiço, mas a cada vez que demora a obedercer uma ordem, tem um terrível mal estar e acaba cedendo.

Como em outros contos de fada, a mãe da protagonista morre e no funeral, ela conhece o príncipe Charmont. Seu pai então a envia para uma escola de aperfeiçoamento social, um lugar onde ela aprenderia etiqueta, além de costurar, cantar e dançar.

Meses depois, seu pai vai à falência e decide casar de novo. Dame Olga, a futura esposa tem duas filhas já conhecidas (e não estimadas) de Ella. Quando descobre que seu marido não é mais rico, Dame Olga coloca-a para trabalhar entre os empregados da casa. Porém, esse não é o maior problema da moça. Sua nova família descobriu sobre sua obediência e tira proveito disso.

Em meio a tudo, Ella troca cartas com o príncipe, que está viajando, até que chega uma maravilhosa surpresa... Porém, havia muito em jogo, e ela prefere partir seu próprio coração a virar uma ameaça ao reino.

O príncipe retorna e a fim de que ele escolha uma noiva, serão realizados três noites de baile. Ella se atreveria a ir?

A história tem elementos inspirados em Cinderela como a madrasta, as duas irmãs, uma carruagem de abóbora e até os sapatinhos de vidro. Um romance fofo, com um pequeno toque de aventura e um traço bem humorado.

Baseado nesse livro, foi feito um filme (Uma Garota eEcantada) estrelado por Anne Hathaway. A história tem basicamente os mesmos personagens (na verdade, alguns a mais) e o mesmo cenário, mas o enredo é completamente diferente. Uma das suposições de Ella na história original foi usada para dar trama ao filme, que tem um tom mais de comédia do que o livro. Porém, um bom filme se você não esperar encontrar o que imaginou durante a leitura.